As disputas presentes no campo da Reforma Sanitária não podem fazer fracassar, novamente, um projeto tão importante: a construção de um SUS em defesa da vida.

Felipe Cavalcanti, médico sanitarista e professor da UFV

O momento é de celebração. Há mais que mil motivos para comemorar a indicação de Alexandre Padilha como ministro da saúde, e festejarmos juntos é importante para fortalecer simbolicamente a importância que carrega essa oportunidade histórica. Essas comemorações reforçam inclusive a serenidade, tranqüilidade e paz, tão importantes para a construção do novo ministério, especialmente quando olhamos a experiência dos dois primeiros anos do governo Lula. A busca pela construção de um “Ministério Único da Saúde” acabou degringolando em fracasso – sem nenhum culpado específico, mas com todos como responsáveis – da primeira chance real de avançar fortemente com o SUS desde a década de 1980.

Temos agora uma segunda e grande chance. Como disse em outro post, Padilha é um experiente articulador, com muita capacidade de diálogo. Essa qualidade em si já é um patamar de partida importante, a qual já deve estar sendo acionada na escolha das pessoas que farão parte do novo ministério. Nomes como os de Fausto, Helvécio, Jorge Solla – já citados no blog por muitas pessoas inclusive como possíveis ministeriáveis – e tantos e tantos outros são ótimos para garantir a alavancada de um novo projeto para a saúde.

É importante de nossa parte apoiar o Ministro em suas escolhas e dialogar com elas. Todos nós que estamos diretamente implicados com a saúde precisamos ter muita tranqüilidade e resguardar nossos próprios ímpetos por esses espaços e por fazer valer a todo custo nossos pontos de vista. As disputas presentes no campo da Reforma Sanitária não podem fazer fracassar, novamente, um projeto tão importante: a construção de um  SUS em defesa da vida.

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